segunda-feira, 21 de maio de 2012

A saúde é direito de todos, mas o dever de manter-se informado é seu, consumidor!


        Os produtos usados ou consumidos pelas pessoas e podem afetar sua saúde devem ser fiscalizados pelo poder público. Assim, alimentos; águas; bebidas; medicamentos; cosméticos e produtos de higiene têm de ser controlados na sua produção, nas condições de comercialização, no seu armazenamento, no seu transporte etc.. Para todas essas etapas existem normas, leis, decretos, resoluções e padrões elaborados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a nível Federal, e pelas Vigilâncias Sanitárias (Estadual e Municipal). Eles devem ser seguidos, de modo a evitar que esses produtos se tornem prejudiciais à saúde ao serem utilizados ou ingeridos.
Todavia a população é muitas vezes conivente, enquanto consumidora do gênero alimentício, quando escolhe os pontos desfavoráveis do comércio e consomem produtos impróprios, clandestinos,  mal acondicionados, não higiênicos. Tal conivência, muitas vezes é causada pela atração por preços abaixo do mercado, oferecidos pelos produtos clandestinos - carne, leite, pescado - ou pela ilegalidade de estabelecimentos que vendem sem alvará sanitário. Essa postura equivocada do consumidor , além de colaborar para manutenção deste tipo de produto no mercado, expõe sua saúde a riscos, bem como a dos seus familiares, que podem adquirir diversas verminoses e microorganismos causadores de danos a saúde, podendo também ocasionar a morte. 
Foi-se o tempo em que a informação desses consumidores era precária. A internet e televisão são meios de comunicação que favorecem à pesquisa e divulgação de informações na busca pela longevidade,  boa forma física e alimentação saudável. Os benefícios de uma alimentação saudável, bem acondicionada, fornecida de forma higiênica são evidenciados quando comparados aos riscos do consumo de alimentos deteriorados, clandestinos  e mal acondicionados, causadores de toxiinfecções alimentares e zoonoses de origem alimentar.
As pessoas têm buscado se conscientizar quanto ao custo benefício do  consumo de produtos idôneos,  com controle de qualidade do que será ingerido pela sua família . Na hora de comprar um produto alimentício fala-se atualmente em transgênicos, orgânicos, naturais,  fitoterápicos, sem saber que todos passam por regulamentações especificas para enquadrarem nos requisitos legais e os consumidores devem se atentar para informações que possam valer os seus direitos.
Como fiscal da sua saúde, frequentador assíduo de restaurantes, açougues, supermercados e diversos estabelecimentos fornecedores de produtos alimentícios, o consumidor deve observar o fardamento dos funcionários que manipulam alimentos que é a porta de entrada, estes devem estar devidamente uniformizados, usando máscaras, avental, uniforme de cor clara com higienização pessoal.  O “consumidor-fiscal” deve se atentar na hora da compra para alimentos expostos às moscas,  produtos sem rótulos, com embalagens danificadas, com prazo de validade vencido, porque os mesmos podem apresentar alterações das suas propriedades constituintes e presença de bactérias danosas à saúde. 
Então, a  escolha pela qualidade do bom serviço, das condições higiênicas dos estabelecimentos  são primordiais  para  a proteção da sua saúde e de sua família  e favorece para a permanência das conformidades  das  legislações sanitárias, além de colaborar para a movimentação do comércio local uma vez que pagam impostos que serão investidos na sua saúde. A fiscalização sanitária está fazendo a parte dela e você? Reflita, afinal: “ O consumidor que sempre se queixou de não ter sapatos  não escolheria ficar sem seus próprios pés”.



Roberta Santos de Andrade
Médica Veterinária – Vigilância Sanitária 

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