Os produtos usados ou consumidos
pelas pessoas e podem afetar sua saúde devem ser fiscalizados pelo poder
público. Assim, alimentos; águas; bebidas; medicamentos; cosméticos e produtos
de higiene têm de ser controlados na sua produção, nas condições de
comercialização, no seu armazenamento, no seu transporte etc.. Para todas essas
etapas existem normas, leis, decretos, resoluções e padrões elaborados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a nível Federal, e pelas Vigilâncias
Sanitárias (Estadual e Municipal). Eles devem ser seguidos, de modo a evitar
que esses produtos se tornem prejudiciais à saúde ao serem utilizados ou ingeridos.
Todavia a população é muitas
vezes conivente, enquanto consumidora do gênero alimentício, quando escolhe os
pontos desfavoráveis do comércio e consomem produtos impróprios, clandestinos, mal
acondicionados, não higiênicos. Tal conivência, muitas vezes é causada
pela atração por preços abaixo do mercado, oferecidos pelos produtos
clandestinos - carne, leite, pescado - ou pela ilegalidade de
estabelecimentos que vendem sem alvará sanitário. Essa postura equivocada do
consumidor , além de colaborar para manutenção deste tipo de produto no mercado,
expõe sua saúde a riscos, bem como a dos seus familiares, que podem adquirir
diversas verminoses e microorganismos causadores de danos a saúde, podendo
também ocasionar a morte.
Foi-se o tempo em que a informação
desses consumidores era precária. A internet e televisão são meios de
comunicação que favorecem à pesquisa e divulgação de informações na busca pela
longevidade, boa forma física e alimentação saudável. Os
benefícios de uma alimentação saudável, bem acondicionada, fornecida de forma
higiênica são evidenciados quando comparados aos riscos do consumo de
alimentos deteriorados, clandestinos e mal acondicionados,
causadores de toxiinfecções alimentares e zoonoses de origem alimentar.
As pessoas têm buscado se
conscientizar quanto ao custo benefício do consumo de produtos
idôneos, com controle de qualidade do que será ingerido pela sua
família . Na hora de comprar um produto alimentício fala-se atualmente em
transgênicos, orgânicos, naturais, fitoterápicos, sem saber que
todos passam por regulamentações especificas para enquadrarem nos requisitos
legais e os consumidores devem se atentar para informações que possam valer os
seus direitos.
Como fiscal da sua saúde, frequentador
assíduo de restaurantes, açougues, supermercados e diversos estabelecimentos
fornecedores de produtos alimentícios, o consumidor deve observar o fardamento dos
funcionários que manipulam alimentos que é a porta de entrada, estes devem
estar devidamente uniformizados, usando máscaras, avental, uniforme de cor
clara com higienização pessoal. O “consumidor-fiscal” deve se
atentar na hora da compra para alimentos expostos às moscas, produtos
sem rótulos, com embalagens danificadas, com prazo de validade vencido, porque
os mesmos podem apresentar alterações das suas propriedades constituintes e
presença de bactérias danosas à saúde.
Então, a escolha pela
qualidade do bom serviço, das condições higiênicas dos estabelecimentos são
primordiais para a proteção da sua saúde e de sua família e
favorece para a permanência das conformidades das legislações
sanitárias, além de colaborar para a movimentação do comércio local uma vez que
pagam impostos que serão investidos na sua saúde. A fiscalização sanitária está
fazendo a parte dela e você? Reflita,
afinal: “ O consumidor que sempre se queixou de não ter sapatos não
escolheria ficar sem seus próprios pés”.
Roberta Santos de
Andrade
Médica
Veterinária – Vigilância Sanitária